A última lua de novembro

A última segunda de novembro


A parede que me separou foi a mesma que me aproximou e que nos afastou. O que senti de forma tardia fez a dor gerar em mim outra vida. Um novo impulso para antigas e desejáveis conquistas.


Se as palavras nos unem, a falta delas podem nos separar. E o esvaziamento dessa Lua pode sarar ou velhas feridas sangrar. Mas peço sempre calma ao mar. Não quero por qualquer um minhas lágrimas derramar.


Mas tente continuar onde estás. Há mais revelações onde pisei sem forçar o calcanhar.

E em mim haverá algo que você poderá usar. Nada de que não tanto precise, mas necessito me completar.


Só que o seu néctar deve por minha boca passar. Selando a última vez que estarei ligado a um corpomar. Tentando sempre do jogo despertar, já prevejo qual o final que isso pode nos levar. Me deixe pronto e em suas ondas poderei surfar.


Então escutarás no seu peito e de longe também no meu. Se a frieza esquentou, talvez o amor á derreteu. Se a água achar seu corpo, não haverá mais você e nenhum eu.


Pois pobre serei se não dividir tudo o que é meu. Pois incompleto serei se só me apegar ao pouco que lhe dei. E se a paixão… Se a paixão iluminar meu céu, não devo viver só no breu.


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