Contentando com o futuro
Mesmo que eu grite
Não posso mudar o que sinto. Como as coisas caminham e nem a dimensão de outro mundo. Já tenho tudo guardado e está tudo enxuto. Me resta voltar no que parei e recitar a última canção que cantei.
Em uma outra batida eu balanço na decida da profunda realeza escondida. Em uma outra avenida eu me entrego a despedida de um adeus que se é para sempre.
Enquanto isso, naquela velha esquina eu me encontro despido e em pura adrenalina. Não é mais do tempo que estou fugindo. Tudo o que me tira da ordem traz consigo uma desordem e prejuízos.
Logo quando eu encontro os meus assombrosos, o calor da frieza me transborda o último inverno e entristece o outono. Tão perto eu estou dos meus sonhos que mesmo deitado não pego no sono.
Sei que difícil vai ser passar por onde estamos. O que vivemos é escolha de um novo plano. Nele eu me perco e nunca me encontro. Estou mesmo assim disposto a chegar perto do que somos.
Tudo o que até aqui construí irá por todo o instante sumir. Ao passado eu não posso rugir e sei que o presente estará sempre a me seguir. Até que o futuro venha e ponha um fim.
Se é assim, eu ainda estou a refletir. Vida breve levo a vida e é tudo o que vem de mim. Se por minha vontade um grito eu engolir, estarei mais próximo de um inevitável fim.
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