Entre a esquina e a avenida

Se iremos pelo mesmo
caminho, é melhor 
dobramos a primeira 
esquina

Não foi preciso dizer
duas vezes, culpo a
noite por perder
todo o controle.

Coloquei o pus
para fora. Agora só
me resta não depender
mais de esmolas.

Pois o controle que eu
sempre tive, foi adivinho
de todas as maluquices
que colocaram dentro
do que eu não disse.

Se grande deverei ficar,
será com uma formiga
que irei me comparar.

A imensidão do seu
conceito foi o que me
fez carregar no peito
o seu pesar e o
caminhar.

Mas desta vez não
me deixarás no vazio
de uma esquina sem
nada a me ofertar.

Irei ver aqui que
caí em outra armadilha,
mas desta vez tinha o
chá e claro foi a
luz do dia.

Tudo isto me faz
voltar a velha esquina,
sem prazer irei sempre
voltar ao que me evita.

E na doçura ou

na amargura, sentindo

frio na esquina estarei
em uma vida
despromovida.