Três destinos

Lados trocados por torcedores amargurados 

Dias seguidos se passam e o desejo da madrugada se alastra. O sono já foi perdido e agora só me resta mais um amigo. Brancos, cinzas e azuis, são todos filhos dos mesmos cus.

Perdidos foram achados, caminharam lada a lado, com medo continuam a penar no asfalto. São os três filhos do mesmo buraco.

Pra um só resta o umbigo, para o outro o sonho de ter um abrigo. Ambos sonham com o mesmo destino. Serem achados e jogados no lixo.

Para o último não há mais nenhum destino, foram todos sonhados para viver em perigo. Dentes soltos já estão caindo, vai banguela gritar ao instinto.

Grito de paz mas só se ouve o sino. Ruiu com a mente e voltou com uma dor no intestino. Fez das fezes ali mesmo passagem para outro sentido.

Vômitos se alastram e a dor faz zumbir o ouvido. Não restaram mais nenhum amigo. São todos filhos e estão todos aflitos. 

Comentários